TRATAMENTO DO COURO
A pele animal, assim como é recebida pelo curtidor, poderá ser dividida em três partes: a epiderme, a derme e a hipoderme.
Quando é retirada do animal, não serve para a utilização, pois está sujeita a decomposição, então, precisa passar pelo processo de transformação em couro.
Com base em estudos técnicos e científicos realizados nos últimos anos por renomadas instituições de pesquisas, por meio de análises estatísticas no uso de calçados e de testes dos materiais, bem como pelas nossas próprias manifestações de sensação de conforto no uso de calçado com cabedais de couro, podemos concluir objetivamente o que segue:
a) Através de suas propriedades estruturais de plasticidade, elasticidade e resistência, o couro tem excelente capacidade de amoldar-se ao formato do pé e de absorver as variações de volume que ocorre no decorrer do dia;
b) Em função da estrutura fibrosa e microporosa, o couro favorece ao equilíbrio microclimático do interior do calçado pela:
1°- Capacidade de absolver o suor, especialmente nas zonas do pé em que a transpiração é mais intensa e distribuí-la por toda a sua estrutura;
2º- Capacidade de armazenar o suor sem parecer encharcado;
3º- Capacidade de ser permeável no ar e ao vapor d'água expelindo em fluxo contínuo, o que favorece a manuten-ção confortável dentro do calçado.
Em conseqüência destas propriedades, conclui-se que o couro além de favorecer a confortabilidade do calça-do, tem qualidades higiênicas exce-pcionais, pois:
a) Evita deformações ósseas e lesões da pele.
b) Afecções nos aparelhos respiratórios e outros sistemas funcio-nais do corpo.
c) Evita a formação de um ambiente propício ao desenvolvimento do pé.
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